Barroso responde à The Economist e defende STF: “Democracia plena, com respeito aos direitos”

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, reagiu com firmeza às críticas feitas pela revista britânica The Economist e saiu em defesa do ministro Alexandre de Moraes e da atuação da Corte. Em nota publicada neste sábado (19), Barroso afirmou que o Brasil vive uma democracia sólida, com Estado de direito, freios e contrapesos, e respeito aos direitos fundamentais.

POLÍTICA

FuroWeb

4/20/2025

O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso — Foto: STF

📌 O que diz a The Economist?

A revista britânica reconhece os ataques sofridos pela democracia brasileira durante o governo Bolsonaro, mas aponta que o STF — especialmente Moraes — estaria agindo com “poder excessivo”. A publicação sugere mais “moderação” da Corte e critica decisões monocráticas e o julgamento do ex-presidente por uma das turmas, e não pelo plenário completo.

🗣 Barroso rebate ponto a ponto

  • Poder de Moraes?
    “Ele cumpre seu papel com coragem e tem o apoio do tribunal. Não age sozinho.”

  • Decisões individuais?
    “As chamadas decisões monocráticas foram depois ratificadas pelo plenário.”

  • Suspensão do X (ex-Twitter)?
    “A plataforma foi suspensa por ter retirado seus representantes legais do país, não pelo conteúdo postado. Assim que regularizou a situação, voltou ao ar.”

  • Julgamento de Bolsonaro por turma e não pelo plenário?
    “Essa é a regra atual do STF. Alterá-la seria uma exceção. E não se pode permitir que ataques de um réu gerem suspeição de todo o tribunal.”

🚨 Barroso acusa viés na matéria

Segundo Barroso, o texto da Economist “reflete mais a narrativa de quem tentou o golpe de Estado do que a realidade brasileira”, lembrando as graves ameaças à democracia, como:

  • A tentativa de golpe em 2022;

  • Os atos de 8 de janeiro;

  • Planos de atentado contra Lula e Alckmin;

  • E a tentativa de explosão no STF.

📊 E a confiança no STF?

Barroso destacou que 59% da população (segundo o Datafolha) dizem confiar no Supremo, somando os que confiam muito (24%) e os que confiam um pouco (35%). Para ele, não há crise de confiança na Corte.

🔍 A frase final

“Foram os eleitores que derrotaram Bolsonaro, não o Supremo.”

Essa foi a resposta direta de Barroso à revista, encerrando a nota com uma defesa firme da democracia brasileira.